Segurei firme na maçaneta. Girei a chave e encerrei um ciclo. O barulho da porta fechando, ressoou fundo. Ressoou na alma que despedia do que antes fora um lar.
Terminar ciclos e historias é sempre uma desilusão. Não daquelas impostas que você sofre sem escolha. Des-ilusão porque uma idealização chegou ao fim.
Mas des-ilusões sempre fazem com que a gente se liberte.
Sinto mais livre pra criar novas expectativas. Porque ao contrário do que a maioria pensa, criar expectativas não é um erro. Almejar alto é uma necessidade. O pouco jamais vai me contentar.
E assim fechei a porta. Sequei algumas lágrimas e olhei pra frente cheia de esperanças e exigências pra mim, pra nós, pra vida, pro futuro. Afinal como diria o escritor: "De onde menos se espera é que nada sai mesmo. "
Aline Prado
Lispector, Aline. Afinal, perder-se também é caminho.
ResponderExcluir