quinta-feira, 28 de julho de 2011

segunda-feira, 18 de julho de 2011

Sentido.

Hoje eu acordei sem saber o que fazer da vida. Problema? Hoje eu acordei. 




Hoje eu acordei sem saber o que fazer da vida, mas sabendo o que a vida quer fazer de mim.




Aline Prado.

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Lê? Um texto meu, talvez é pra você.

Queria te falar que eu quero você perto.  


São inúmeros os fatores que fazem com que duas pessoas se cruzem. E cada pessoa é valiosa demais para deixar alguém simplesmente passar.  


Talvez ao início eu me aproximei por atração, curiosidade ou quem sabe até mesmo afinidade. Mas não me mantive perto por isso. Eu me mantive perto porque se tantos fatos da minha vida e da sua vida não tivessem ocorridos, a gente nunca teria se encontrado. Eu me mantive perto porque gosto de aproveitar as oportunidades que a vida me dá. E a vida me aproximou de você.


Nos aproximamos e depois nos afastamos. Nos afastamos talvez, porque muito em qualquer relacionamento ou convívio é questão de interpretação. Interpretação às vezes de coisas que nem são. Talvez a gente interpretou certo e se assustou, talvez interpretamos errado e depois não tínhamos onde nos apoiar ou talvez simplesmente nem tivesse o que interpretar.


Mas isso não importa. Não importa mesmo. O que realmente importa é valorizar as pessoas que temos ao nosso lado.


Me responde, você consegue ver se há alguma coisa mais importante na vida que isso? Se não fossemos únicos para alguém não faria sentido estar vivo. Não suportaríamos. Somos incompletos por natureza e é o outro que equilibra esse vazio inerente. 


Einstein disse uma vez que a mente humana jamais volta ao tamanho normal depois de se abrir a uma nova idéia. Sem discordar dele tenho uma própria versão dessa frase. Nunca somos os mesmos depois de se abrir a uma pessoa. Por isso queria te falar que quero você perto. Você chegou por acaso e agora, consciente, eu peço que fique. São razões demais para permitir que você simplesmente passe. Não quero mais ser aquela "eu" sem você na minha vida.


Aline Prado.

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Mal costume

Sabe porquê o mundo está como está? 
Porque você desistiu de mudá-lo.

Aline Prado.

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Mas eu digo-vos que são inseparáveis

A vossa alegria é a vossa tristeza mascarada. 
E o mesmo poço de onde sai o vosso riso esteve muitas vezes cheio de lágrimas.
E como poderá ser de outra maneira? 
Quanto mais fundo a tristeza entrar no vosso ser, maior é a alegria que podereis conter...
Quando estiverdes alegres, olhai bem dentro do vosso coração e descobrireis que só aquele que vos deu tristezas vos dá também alegrias.
Quando estiverdes tristes, olhai novamente para dentro do vosso coração e vereis que na verdade estais a chorar por aquilo que foi a vossa alegria.
Alguns de vós dizeis, "A alegria é maior que a tristeza" e outros dirão "Não, a tristeza é maior".
Mas eu digo-vos que são inseparáveis.


Khalil Gibran

quarta-feira, 6 de julho de 2011

É difícil perder-se.

Meu texto preferido da Clarice:




"Se eu me confirmar e me considerar verdadeira, estarei
perdida porque não saberei onde engastar meu novo modo de ser -
se eu for adiante nas minhas visões fragmentárias, o mundo
inteiro terá que se transformar para eu caber nele.



Perdi alguma coisa que me era essencial, e que já não me é
mais. Não me é necessária, assim como se eu tivesse perdido uma
terceira perna que até então me impossibilitava de andar mas que
fazia de mim um tripé estável. Essa terceira perna eu perdi. E
voltei a ser uma pessoa que nunca fui. Voltei a ter o que nunca
tive: apenas as duas pernas. Sei que somente com duas pernas é
que posso caminhar. Mas a ausência inútil da terceira me faz falta
e me assusta, era ela que fazia de mim uma coisa encontrável por
mim mesma, e sem sequer precisar me procurar.



... É difícil perder-se. É tão difícil que provavelmente arrumarei
depressa um modo de me achar, mesmo que achar-me seja de
novo a mentira de que vivo. Até agora achar-me era já ter uma
idéia de pessoa e nela me engastar: nessa pessoa organizada eu
me encarnava, e nem mesmo sentia o grande esforço de
construção que era viver. A idéia que eu fazia de pessoa vinha de
minha terceira perna, daquela que me plantava no chão. Mas e
agora? estarei mais livre?



Não. Sei que ainda não estou sentindo livremente, que de
novo penso porque tenho por objetivo achar - e que por segurança
chamarei de achar o momento em que encontrar um meio de
saída. Por que não tenho coragem de apenas achar um meio de
entrada? Oh, sei que entrei, sim. Mas assustei-me porque não sei
para onde dá essa entrada. E nunca antes eu me havia deixado
levar, a menos que soubesse para o quê".


Clarice Lispector