Ta chovendo lá fora. E eu não consigo sair da janela. E as lágrimas vão correndo talvez tão intensas quanto as gotas do temporal.
Quase todos os dias eu paro e fico aqui pensando um tempo. Entre orações e pensamentos. Tentando achar no horizonte minhas ilusões perdidas. Tentando enxergar ao menos de longe os meus pedaços.
Tenho saudades daquele tempo que a vida era palpável. Quando eu remediava tristezas e amenizava sofrimentos. E via dai brotar a alegria.
Tão oposto ao que se vive hoje. Nessa busca eterna e egoísta pela felicidade. Inalcançável. Não sei quando nem como troquei minhas crenças por esse paganismo.
Sei que hoje a janela vai dormir aberta. E vou fechar os olhos enquanto miro o horizonte. Pra ver se sonho (e ao menos em sonhos) que lá ao longe me reencontro.
Aline Prado
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